Ao ler está frase a primeira coisa que vêem a sua cabeça é:
- Quem aprende a andar nunca esqueçe.
É quase isso que eu pensei, mas de forma um pouco mais verborágica. O que eu quero dizer? Vou explanar a minha modesta teoria.
Quando pequeno, aprendemos a andar de bicicleta num triciclo, ou em bicicletas com rodinhas nas laterais, aquelas que evitam que possamos cair, com o passar dos dias nos sentimos mais seguro e tíramos as rodinhas. No começo a gente cambaleia um pouco pra lá, um pouco pra cá, mas ganhamos prática. Começamos a andar como segurança, corremos, subimos ladeira, calçadas, andamos por aí demonstrando muita segurança. Até que um dia a gente cai e se machuca todo, rala o cotovelo, joelho, abre o pulso... ficamos todo machucado. Traumatizados. Nunca mais vou andar de bicicleta. Ficamos dias sem pegar na bicicleta, talvez meses dependendo da gravidade da queda, em alguns casos, nunca mais voltamos a andar, em outros, o sentimento de liberdade, a saudade do vento no rosto, a adrenalina, e tantos outros sentimentos mais pessoais que podem ser listados vão crescendo no seu coração e você vai ficando com saudade da bicicleta, aquela mesmo que te machucou, e então você pensa:
- Espera aí! Foi a bicicleta que me derrubou ou foi o seu excesso de confiança no controle da bicicleta que me derrubou?
E então, depois de um período distante, você volta a querer andar de bicileta, e pouco a pouco você vai matando a saudade daquelas sensações, e vai relembrando como é maravilhoso andar de bicicleta.
Você não acha que amar é assim???
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